Em Abril de mil novecentos e setenta e quatro tinha oito anos. A partir do dia vinte cinco comecei a aprender novas palavras como, liberdade, política, comunismo, socialismo, fascismo e até badamerda, palavrão usado por Pinheiro de Azevedo quando era primeiro-ministro se a memória não me atraiçoa.
Não por causa da merda mas muito mais pela liberdade comecei logo a nutrir um grande interesse pela política. Até sonhei em ser deputado. Ministro nunca esteve nos meus horizontes.
Já passaram trinta e cinco anos e nunca me sentei na AR a não ser nas bancadas.. Continuo a gostar muito de política.
Quando li em rodapé no Telejornal que o Ministro das Finanças acumulava a pasta da Economia, não descansei enquanto não descobri o que teria acontecido a Manuel Pinho. Rapidamente a imagem do dia se difundiu no meu ecrã. Rosto desvairado com dedos chifrudos. Bernardino Soares insultado. Deputados insultados. Assembleia da República insultada.
Logo senti saudades de Álvaro Cunhal, Mário Soares e Sá Carneiro.
O ministro da papa Maizena ou da mão de obra barata (declarações na visita oficial à China) mesmo depois do insulto, estava convencido que não seria demitido pelo simples facto de ter safado muitos postos de trabalho. Manuel Pinho tem mesmo sentido de humor.
Agora vai de férias na esperança de safar o seu posto de trabalho numa qualquer administração de uma empresa. Será curioso saber qual.

Realmente o deputado do PCP é um exemplo de boa educação. Com certeza o Sr Fotojornalista não vê a TV ou só vê o que lhe interessa. Aconselho se poder que reveja a atitude do seu deputado, Bernardino no frente-frente na SIC Noticias, em que gritava e gozava com o outro interveniente nesse debate. Assembleia da republica insultada? E que metem a dizer vossa excelência sobre os gritos histéricos de Paulo Rangel,ou acha que é uma atitude correcta,ou os insultos do José Eduardo Martins,ou mesmo as gargalhadas que o deputado Paulo Portas profere quando o Primeiro Ministro está a discursar. Sem duvida essas não o vejo a si ou a outros criticar.