
A ilha está a arder. Duarte Sá está lá. Como esteve em Fevereiro de 2010 quando a lama e a água andaram à solta. O jornal Público de hoje [20.07.12], publica na primeira página uma fotografia de Duarte. A noite iluminada pelas gigantes chamas, e os homens, pequenos, assistem impávidos e impotentes como se estivessem a admirar o fogo-de-artifício de Alberto João.
Tudo arde num fogo sem piedade. As pessoas choram o suor de uma vida reflectida como espelho – a casa, o carro. Uns enfrentam a onda laranja amarelada com míseros baldes e finas mangueiras. É o tudo por tudo. Noutros, não existiu balde ou mangueira que lhes valesse. O suor foi seco pelas chamas.
A festa de Chão da Lagoa foi adiada. Mas mais importante que a missa de Alberto João, são os tijolos que cozeram pela segunda vez e as árvores que não voltam a dar sombra. Duarte Sá saberá bem de que lado estará. É um 12.
fotografia de Duarte Sá