
O chão de areia amarela substituiu os carris de ferro. O tempo parou e podemos adivinhar as histórias daquela estação que nunca mais verá o comboio. Naquele cais houve muitos encontros e desencontros, muitas chegadas e muitas partidas, num Portugal cinzento e num Alentejo subjugado. Houve certamente lágrimas mas também muitos sorrisos e laços de braços.
Ontem, a estação foi um apeadeiro enorme. Em nome da cultura e da Fotografia os sorrisos voltaram a Mora. Abraços consentidos e sentidos, amizades que o tempo não apaga, gente boa que todos os dias trabalha, uns no fio da navalha outros no fio da precariedade. Eu estive lá pela primeira vez. Recebi um prémio que pouco importa tal foi a imensidão de todos nós. Calor humano em estado puro. É o que me vai fazer voltar a Mora todos os anos.
O meu filho João, cumpridos os quinhentos quilómetros de viagem, disse-me que quando for grande quer concorrer aos prémios Estação Imagem/Mora. Diz ele que adorou. Que melhor elogio que a sinceridade de uma criança. Assim como Mora nunca sonhou que um dia o comboio não mais apareceria ao fundo daquela imensa recta, também eu quero sonhar que a Estação Imagem vai viver muitos e bons anos. Quero lá ir aplaudir o meu filho.
Parabéns à Câmara Municipal de Mora, parabéns a todos os premiados e em particular aos nossos colegas moçambicanos que nos mostraram o potencial da escola moçambicana, parabéns a todos os fotojornalistas e parabéns do tamanho do céu à Estação Imagem.
Fernando Ricardo, não resisti à tentação pelo simples facto que adorei esta sua fotografia. Pensei muito antes de a publicar pois não é minha e não lhe pedi autorização. Alguma coisa…repreenda-me! Obrigado e um abraço.
[fotografia de Fernando Ricardo]
Muitos Parabéns Adriano. Bem merecido 🙂
Adriano, obrigado !!!!
Felicito-te também pelo teu texto… e quero ver o teu filho GRANDE, também na fotografia. Abraço, AB
Obrigado Adriano por seres GRANDE
Um Grande ABRAÇO
Paulo Pimenta
Oieee seguee meu blog , futura Jornalista
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