
Em mil novecentos e noventa e três tive das melhores experiências da minha vida. Descobri, encravada na serra da Freita, Cabanelas. Cabanelas era uma pequena aldeia que tinha uma minúscula escola com onze crianças e uma professora. Passei dias e dias rendido ao encanto daquelas onze crianças. Fui ficando. Fotografei e eles fotografaram com a misteriosa pin-hole. Projectei diapositivos para toda a aldeia e para as aldeias vizinhas. Viajámos até Lisboa para conhecer o metropolitano, esse estranho transporte para quem nunca tinha visto se quer um comboio.
Passados dezoito anos e a convite da SIC voltei a Cabanelas. De máquina fotográfica em punho voltei a fotografar as onze crianças, agora com rostos maiores e músculos com cheiro a trabalho árduo. Claro que gostei de lhes apontar a máquina. Mas o que genuinamente gostei, foi de os voltar a abraçar. Abraços fortes como à dezoito anos atrás.
Para ver este sábado, dezasseis de Abril, nos Perdidos e Achados, Jornal da Noite SIC.
Parabéns, Adriano. Um grande abraço.
José Manuel Fernandes
Venho directamente da edição em papel. Comoveu-me. Obrigada por este (duplo) trabalho. E, claro, parabéns.
belíssimas
Oh Adriano… que belo trabalho e que bela homenagem. Não sei se à fotografia, se à escola, se à vida. Há muito tempo que não me comovia assim com uma peça jornalística (chamemos-lhe assim).
Obrigada. Pelo talento, respeito e sensibilidade.
(Tenho os óculos embaciados e não está nevoeiro.)
Um abraço grande, muito grande (mesmo que não te lembres quem sou).
Parabens Adriano
Sou um entusiasta da fotografia.
Os meus olhos encheram-se de lágrimas por muitos minutos ao ver este trabalho. Revi-me nesta história. Parecia que eu tambem fazia parte da história. Emoção, comoção, saudade, alegria…um misto de sentimentos que me fizeram humedecer os meus olhos.
Um abraço forte ( mesmo que não me conheças)
João (Coimbra)