Gerações De Luta

Quando no sábado milhares de pessoas saíram à rua para gritar basta, o país começou a sair do coma. O coma da indiferença. E como era de esperar, as ruas não se encheram com uma geração. Encheram-se de pessoas enganadas, exploradas e revoltadas.

Lentamente estamos todos a ganhar consciência. Consciência que Portugal e a Europa estão a bater no fundo. Consciência de que isto tem que mudar. Doa a quem doer. Vivemos num Estado em que a economia não é feita para as pessoas. Riscam direitos básicos e fundamentais. Reinventam novas formas de escravatura. Roubam salários. São impunes à corrupção. São os nossos donos e nós a sua mercadoria.

O meu avô começou a trabalhar aos oito anos. O meu pai nunca teve um brinquedo. Eu tive a sorte de em mil novecentos e setenta e quatro ter oito anos. E os meus filhos? Qual será a sua sorte? Em nome de quem e do quê, lhes estão a roubar o futuro? Não é por mim, mas por eles, que no sábado decidi recomeçar a luta. A luta do meu avô, do meu pai e a minha.

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