
Quando a directora do Público, Bárbara Reis, lançou o desafio de dois fotógrafos acompanharem as campanhas eleitorais de Cavaco e Alegre, coloquei logo o dedo no ar. Fiquei com o Alegre. Nuno Ferreira Santos ficou com o Cavaco.
Lembrei-me dos velhos tempos em que todos os jornais enviavam equipas para cada candidato ou partido. Depois a crise, ou as crises, fizeram com que os fotojornalistas ficassem nas redacções. Agora Bárbara Reis, num acto de lucidez, apostou na velha receita. Os resultados ficaram demonstrados.
Com o aparecimento do on-line os métodos de trabalho alteraram-se. Eu e a fantástica Maria José Oliveira tínhamos os portáteis quase sempre ligados. Notícias e fotografias fresquinhas no sítio do Público. Todos os dias. O ritmo era de agenda. De manhã até à noite. Durante quase quatro mil e quinhentos quilómetros em quinze dias. Do outro lado da barricada, Nuno Ferreira Santos e Nuno Simas agiam da mesma forma.
O cansaço foi grande mas o ânimo maior. Chegámos ao fim com o dever cumprido. Mais magros ou mais gordos. Mais nódoa negra menos pisadela. Mais enjoados de carne assada ou com menos triglicerídeos.
Chegámos e quem ganhou foi o Público. Quem ganhou foram os leitores.
http://static.publico.pt/docs/politica/naestradacomoscandidatos/
Grande companheiro de viagem,
obrigada pelo epíteto de “fantástica”, mas tu é que foste espectacular para aturares até os meus maus humores. Acho que fizemos uma boa equipa. Venham lá mais umas eleições!
Beijinhos,
zé
grandes!