A fábrica da Oliva faz parte das nossas lembranças. Eu recordo o dia em que o meu avô me ofereceu uma bicicleta verde de corridas Oliva. Da minha madrinha assar uma galinha todos os domingos num fogão a lenha Oliva. Da minha mãe me dar banho numa banheira Oliva. Do barulho certeiro pelo silêncio da noite do pedal da máquina de costura Oliva.
A Oliva era um gigante nacional. Empregava milhares de operários. Ocupava milhares de hectares quase no centro de São João da Madeira. A Oliva era a marca do sucesso. Do império.
Hoje resume-se a uma pequena empresa em lay-off. A grande Oliva desapareceu. Resta as memórias de quem lá laborou. Resta o gigante edifício, colossal, decadente, cor de ferrugem e abandonado.
A Câmara Municipal de São João da Madeira comprou as paredes da Oliva. Lá irá nascer um Centro de Arte Moderna.
A Oliva renascerá com o seu esplendor e também eu vou recuperar a abandonada bicicleta verde que o meu avô me ofereceu, com o sonho de o neto ser um dia ciclista.
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Boa noite, Por acaso ainda tem essa bicicleta da Oliva? Cumprimentos
sim