Ainda me lembro como se tivesse sido hoje. Descia a rua do Carmo quando encontrei o meu amigo Luis Filipe Catarino fotógrafo no jornal Expresso. Fiquei a saber que no jornal Público existia uma vaga para um fotógrafo.
Disse ao Catarino que não tinha jeito para essas coisas do fotojornalismo, mas ele insistiu. Telefona, Para quem? Para o Luís Vasconcelos, Vou tentar…
Foi no Campo das Cebolas que coloquei a moeda no telefone público e ouvi a voz de Vasconcelos. No dia seguinte entrei na redacção do Público pela primeira vez. Estava nervoso e senti o cheiro a tabaco que me atrapalhou a voz. Luís Vasconcelos olhou as minhas fotografias e perguntou Porque é que só agora apareces-te aqui, Não sei, acho que sou tímido, Quando podes vir para cá? Bem, já? é que me vou casar, Então casa-te que depois eu telefono-te.
Luís foi um homem de palavra. Telefonou numa tarde e na manhã seguinte já estava a contrair matrimónio pela segunda vez, agora com o Público.
Já são treze anos de casamento sem adultério. Gosto do Público.

Eu também gosto. Do “Público”, das suas fotografias e de homens de palavra.
pf
Então e no Porto, não há lugar para mais um “casamento”? “Namorei” 3 meses em Lisboa e não queria outra coisa 🙂
P.S.: Parabéns!
És GRANDE. Ponto final.