Hoje mergulhei no coração do Porto. Entrei em habitações abandonadas mesmo junto à Sé. Labirintos. Lixo, toneladas de lixo. Paredes de pedra. Paredes de tijolo. Rebocos desmaiados com tintas azuis pálido. Um vaso vazio. Plantas no telhado. Umas cuecas. Uma casaco e outro. Imensa roupa encardida. Espelhos. Partidos. Inteiros. Sapatos. Um bico de fogão. Um lavatório. Azulejos às pintinhas. Um candeeiro suspenso. Uma mesa de cabeceira. Um preservativo. Um cabide. Tanto povo.

Passei e gostei!