Os meus únicos actos religiosos foram dois. O primeiro, tinha meses de idade quando um padre me molhou a cabeça com água benzida. O segundo, ainda não tinha atingido os dez anos de idade quando participei numa procissão. Lembro-me que gostei de vestir a opa. Também me lembro das visitas de um padre à minha escola primária para irmos para a catequese. Disse sempre que não e o não ficou.
Com bom senso, acredito nas muitas causas sociais que a Igreja promove. Acredito nos padres missionários que se despem de mordomias e vivem e apoiam os pobres deste mundo. Já não tolero manifestações de ostentação, de sectarismo retórico ou visões patéticas sobre o uso do preservativo. Acredito que Deus retribua uma paz de espírito a quem a Ele se dirige. Não acredito é que em nome Dele se cometam atrocidades e maldades.
Hoje que é Sexta-Feira Santa, o dia em que Cristo sofreu a maior das torturas da humanidade. Continuo a dizer não. Mas acredito que o nosso mundo, o de hoje, necessita de outro Cristo.
