Hoje foi mais um dia de trabalho. Não fui ao estrangeiro, a um país do terceiro mundo.
Não, fiquei pelo Porto. Fui a Campanhã e à Boavista.
Desci ao país real, ao país de profundas fracturas e de desigualdades cada vez mais gritantes.
Pela manhã vaguiei pelo bairro de ciganos em Bacelo que Rui Rio quer desalojar. Finquei os pés na miséria mais cruel sentindo o cheiro da lamúria.
Pela tarde corri atrás do Eng. Belmiro de Azevedo na apresentação das contas da Sonae. Ouvi biliões de negócios bem sucedidos sentindo as gargalhadas de um grande poder.
Fotografei homens e mulheres e tão diferentes que eles são. Não são eles do mesmo país?
Porquê?


Das duas perguntas, só me atreveria a responder à primeira.