Quando pelas três da tarde entrei no quarto de Cesariny para o fotografar fiquei encantado com a luz que rompia timidamente pela janela. A cama desfeita, livros por todos os lados, pinturas e desenhos pelas paredes e um homem frágil, ali, como um tronco de uma velha oliveira cheio de sabedoria.
No fim fez um desenho para me oferecer mas ao entregá-lo disse-me, não levas este porque virás cá mais vezes.
Até sempre Mário Cesariny.
Um bocadinho mórbida a foto, deixando a dúvida se é antiga ou tirada há dias no velório de Cesariny. Mas acredito que essa tenha sido a intenção.
Parabens pelas fotografias no blog! 🙂
Toda a fotografia respira tranquilidade…
Excelente “homenagem” a uma pessoa que não gostava de ser homenageado, mas há pessoas que nos tocam…e nesses momentos temos de lhes dedicar algo que vem de dentro.
Tenho um projecto de fotografia, que é sobre o mesmo sentimento.. a expressão se algo maior. muito diferente daquilo que nós transmitis-te em 2001 no curso do JUP.
Dá uma olhadela… http://www.pwl.pt.vu (ainda em actualização) ou na galeria do http://www.olhares.com/snyper
abraço
Rui A. Cardoso
Rapaz esta foto, quando a vi, lembrou-me uma feita pelo mestre Robert Mapplethorpe da pintora Alice Neel, pouco antes da sua morte.Retrato sereno de olhos fechados.
Bela imagem a tua.